sábado, 15 de agosto de 2009

A marmotinha; distrações na Igreja — 1859

Por este tempo estava acostumado a São João Bosco dirigir todas as tardes umas palavras à Comunidade, em forma de conferência.
Um velho amigo daqueles tempos —escreve Dom Lemoyne— nos contava o seguinte:
"Uma das primeiras palavras que ouvi (São) João Dom Bosco em 1859, foi sobre a freqüência dos Santos Sacramentos. Os jovens recém chegados de suas casas não se habituavam a isso. São João Bosco então lhes contou um sonho. Pareceu-lhe achar-se perto da porta do Oratório observando aos jovens à medida que entravam nele.
Via a estado de alma em que cada um se achava diante de Deus.
Quando, eis aqui que penetrou no pátio um homem com uma caixa metendo-se entre os moços. Chegada a hora assinalada para as confissões, tirou da caixa uma marmotinha fazendo-a dançar. Os jovens, em vez de entrar na igreja, formaram um coro em seu redor, rindo e aplaudindo suas estripulias, enquanto o tal personagem ia se retirando cada vez mais da capela.
São João Bosco descreveu em primeiro término, sem nomear a ninguém, o estado da consciência de alguns jovens; depois pôs de relevo os esforços e insídias empregadas pelo demônio para distraí-los e apartá-los da confissão.
Falando daquele bichinho, o servo de Deus fez rir muito seu auditório, mas também lhes obrigou a refletir seriamente sobre as coisas da alma. Tanto mais que, depois manifestava privadamente aos que lhe pediam o que eles acreditavam que ninguém sabia. E tudo que (São) João Bosco dizia e manifestava era certo".
Este sonho induziu a maior parte dos jovens a confessar-se com freqüência, chegando a ser as comunhões muito numerosas.
(M. B. Tomo VI, pág. 301)

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