sábado, 15 de agosto de 2009

A roda da fortuna — 1856 — São João Bosco ve o futuro da Congregação Salesiana

"Dom Bosco — escreve o (Beato) Miguel Rúa — esteve dotado em alto grau do dom de profecia. As predições feitas por ele sobre coisas futuras livres e contingentes que chegaram a realizar-se são tão variadas e numerosas, que fazem supor que o dom profético foi nele uma coisa habitual. Freqüentemente nos falava de sonhos relacionados com seu Oratório e com sua Sociedade.
Entre outros, tenho lembrança do seguinte:
Era pelo ano 1856.
Sonhando —nos disse— pareceu-me que estava numa praça onde vi uma grande roda parecida com a chamada "roda da fortuna". Imediatamente compreendi que aquele artefato representava o Oratório, a alavanca de dita roda era operada por um personagem que convidando a que me aproximasse disse-me:
— Presta atenção!
E assim dizendo fez dar uma volta à roda. Eu senti um pequeno ruído que certamente não se deixou escutar mais à frente do limite do lugar em que me encontrava de pe. O personagem disse-me:
—Vistes? Ouvistes?
—Sim, repliquei; vi girar a roda e ouvi um pequeno barulho.
—Sabes o que significa uma volta da roda?
—Não.
—Significam dez anos de existência de teu Oratório.
E assim repetiu quatro vezes o movimento do cabo e a mesma pergunta.
Mas a cada volta, o ruído aumentava, de forma que ao produzir-se pela segunda vez acreditei que se teria ouvido no Turim e em todo o Piamonte:
À terceira, na Itália; à quarta, na Europa, chegando a perceber-se em todo mundo à quinta volta. Seguidamente o personagem acrescentou:
— Esta será a sorte do Oratório.
Considerando os diferentes estágios da Obra de São João Bosco — continua o (Beato) Miguel Rúa — a viu no primeiro decênio limitada unicamente à cidade do Turim; no segundo, estendida às diversas províncias do Piamonte; no terceiro, dilata-se sua fama e influência às distintas regiões da Itália; no quarto, estende-se por diversas nações da Europa e, finalmente, no quinto, é conhecida e requerida sua implantação em todas as partes do mundo".
(M. B. Tomo V, págs. 456-457)

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