sábado, 15 de agosto de 2009

Os jogadores — 1862

No Oratório estava ordenado que o dinheiro enviado pelos pais dos alunos fosse entregue ao Prefeito, o qual o administraria prudentemente segundo as necessidades e desejos de seus respectivos donos. Medida muito razoável para evitar numerosas desordens.
Eis aqui o que lemos na crônica de Dom Bonetti: Nos dia 31 de janeiro, passeava (São) João Dom Bosco depois do almoço sob os pórticos, com alguns jovens, quando subitamente deteve-se e chamando o Diácono João Cagliero e disse-lhe em voz baixa:
— Ouço o som de moedas e não sei onde está-se jogando. Vê e busca a estes três jovens — e disse-lhes seus nomes — e os encontrarás jogando.
— Imediatamente comecei a fazer o que me tinha sido indicado — prossegue o mesmo Cagliero —, procurando por uma parte e outra, sem conseguir localizar aos moços que (São) João Dom Bosco tinha-me indicado; quando eis aqui que vejo ante mim a um dos três.
— De onde vens? Onde te tinhas escondido, pois faz muito tempo que te estou procurando sem te poder encontrar?
— Estava em tal e em tal lugar.
— E o que fazias ali?
— Jogava ao jogo de dados. *
— Com quem?
— Com N e com o R.
— Estavas jogando dinheiro, verdade?
O jovem disse alguma palavra de desculpa sem negar que, em efeito, tinha estado jogando dinheiro.
Então dirigi-me ao lugar que me tinha indicado, que era muito escondido, mas não encontrei aos outros dois.
Continuei procurando e cheguei a saber com toda exatidão que os tais, dez minutos antes, tinham estado jogando acaloradamente uma boa quantidade.
Seguidamente fui comunicar a (São) João Dom Bosco o resultado de minha gestão.
O (Santo) contou que na noite precedente tinha visto durante o sonho a aqueles três jovens jogando apaixonadamente o dinheiro.
(M. B. Tomo Volume II, págs. 50-51)

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