sábado, 15 de agosto de 2009

Mortal ameaça — morte frustrada 1860

As crônicas do Ruffino e do Bonetti, na data correspondente aos 12 de janeiro de 1860, dizem;
"Esta manhã (São) João Dom Bosco chamou um jovem a sua habitação e disse-lhe:
Esta passada noite vi a Morte que te ameaçava. Quando esteve a teu lado a observei em atitude de descarregar um golpe terrível sobre ti com sua tremenda foice. Ao ver isto, corri imediatamente a deter seu braço; mas ela, dirigindo-se a mim, disse-me:
— Deixe-me. Este não é digno de viver por que se tem que tolerar que siga no mundo quem não corresponde a seus cuidados e abusa de tal forma das obrigações do Senhor?
Mas eu insisti para que te perdoasse e no fim te deixou".
Aquele jovem, ao ouvir o relato deste sonho, ficou tão preocupado e comovido que, entre lágrimas e soluços, fez sua confissão e formulou numerosos propósitos.
(São) João Dom Bosco contou aquela mesma noite o sonho e tudo o acontecido à Comunidade, sem dizer que tinha sido ele quem tinha tido o sonho nem indicar a relação do mesmo com algum aluno do Oratório.
Tudo teria ficado em segredo se o jovem C, logo que desceu da habitação de (São) João Dom Bosco aproximou-se do clérigo Bonetti para lhe comunicar, em confiança, quanto o bom pai lhe havia dito; acrescentando, entre outras coisas, que tinha sido o mesmo (São) João Dom Bosco quem tinha tido aquele sonho e que ele era o jovem a quem o servo de Deus tinha chamado aquela manhã.
O moço terminou assegurando com a maior ingenuidade que desde que fizera a primeira comunhão não se confessou bem, mas que, felizmente, à presente suas contas com Deus estavam completamente arrumadas.
(M. B. Volume VI, pág. 828)

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