sábado, 15 de agosto de 2009

A oração da Ave Maria e do Santo Rosário, devoções características da espiritualidade salesiana

"Seja-nos permitido — diz Dom Lemoyne — fazer algum comentário, já que (São) João Dom Bosco não deu nenhuma interpretação a esta cena.

O Peral que aparece no sonho é o mesmo ao que o (Santo) amarra uma corda assegurando o outro lance da mesma a outra árvore pouco distante, para entreter com jogos de destreza a seus conterrâneos, obrigando-lhes desta maneira a escutar suas lições de catecismo. Parece-nos poder comparar esta pereira com aquela planta da qual se lê no " Cântico dos Cânticos ", capítulo II, versículo 3: Sicut malus ínter ligna silvarum, sic dilectus meus ínter filios.(Como a macieira entre as árvores da floresta, gosto de sentar-me à sua sombra, e seu fruto é doce à minha boca.)

O comentarista Tirino e outros renomados intérpretes da Sagrada Escritura, fazem notar que a pereira representa aqui a qualquer árvore frutífera. Dita planta, produtora de uma sombra agradável e salutar, é símbolo de Jesuscristo, de sua cruz, da virtude da qual emana a eficácia da oração e a segurança da vitória. Será este o motivo pelo que em um extremo da corda, fatal para a serpente, foi atada à pereira? E a outra ponta amarrada à grade da janela poderia simbolizar que ao morador daquela casa e a seus filhos tinha sido confiada a missão de propagar o Rosário por toda parte.

A si parece que o compreendeu (São) João Dom Bosco.

Em Becchi instituiu a festa anual do Santo Rosário; quis que os alunos de suas casas rezassem todos os dias a terceira parte do mesmo (o terço); em suas conversas e mediante a publicação de numerosos folhetos procurou ressuscitar esta devoção no seio da família. Defendia sempre que o Rosário era uma arma capaz de proporcionar a vitória, não só aos indivíduos, mas também a toda a Igreja. Por isso seus discípulos publicaram todas ás Encíclicas de Leão XIII sobre esta oração tão do agrado da Maria.

Amanhã seguiremos com o relato da segunda parte deste sonho cheio de ensinamentos e conselhos.
(M. B. Volume VII, págs. 238-239)

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